Os inscritos do FlaTV, canal oficial do Flamengo, tiveram uma surpresa na manhã de segunda, dia 27. Além da mudança na foto de perfil e nas capas dos vídeos, e de 300 conteúdos deletados, o canal transmitiu uma falsa live sobre Bitcoin com Michael J. Saylor, líder da MicroStrategy, empresa da área. Hackers invadiram o canal e a live era uma forma de roubar criptomoedas.
O jornal esportivo Lance repercutiu a notícia. O veículo confirmou que o canal havia sido invadido com o diretor de comunicações do clube, Bernardo Monteiro, mas a situação foi normalizada no mesmo dia. Os vídeos apagados foram recuperados e o canal não teve nenhuma perda financeira. A publicação traz esse print.

Porém, a live falsa “THE MOST GLOBAL CONFERENCE With Michael Saylor! Microstrategy June 2022!“ chegou a ser exibida e por volta de 100 mil espectadores assistiram. Neste tipo de golpe, os hackers transmitem imagens, sons e legendas falsas, buscando atrair investidores em criptomoedas com ofertas imperdíveis, prometendo até o dobro de retorno do dinheiro. O uso de pessoas que são referência na área, como Michael J. Saylor neste caso, traz credibilidade a proposta.
Os fãs do time comentaram o ataque nas redes sociais, fazendo piadas a respeito da situação e criticando a segurança do canal.
O FlaTV é o canal oficial do Flamengo no Youtube, contando com 6,5 milhões de inscritos, e traz lives com o time, imagens de bastidores dos jogos e dos treinos, entre outros conteúdos, além de gerar renda para o clube com publicidade.
Roubo de criptomoedas
Outros canais do Youtube, como Ei Nerd, Piuzinho e Zangado, já foram vítimas de hackers que usam a plataforma para roubar criptomoedas. Nestes casos, os influenciadores levaram até uma semana para recuperarem seus canais. O mesmo golpe já ocorreu no Twitter, com personalidades como Elon Musk e Donald Trump.
No esquema, os usuários recebem um malware, um software malicioso, por email ou aplicativos de mensagem, como WhatsApp, Telegram e Discord, através da tática de phishing, e os hackers conseguem ter o a informações e dados do usuário.
Em outubro do ano ado, a Equipe de Análise de Ameaças (TAG) do Google identificou mais de 15 mil contas criadas especificamente para esse tipo de esquema. “Estamos continuamente melhorando nossos métodos de detecção e investindo em novas ferramentas e recursos que identificam e interrompem automaticamente ameaças como esta”, explicou a equipe.
Um artigo da TAG detalha as ações da empresa para diminuir e prevenir esses golpes, além de trazer diversos exemplos de táticas utilizadas pelos hackers. Em invasões de canais do Youtube, além das lives falsas, também é comum a venda destes perfis, com preços que variam de três a quatro mil dólares dependendo do número de inscritos.
Como se prevenir do golpe
Algumas atitudes simples já podem ajudar a prevenir esses ataques. Em primeiro lugar, é fundamental manter o sistema operacional, os softwares de segurança e os antivírus atualizados. Ao receber emails, evite abrir mensagens ou clicar em links de endereços desconhecidos, s automáticos e não requisitados e não execute arquivos não solicitados.
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